30 abril, 2005

O começo

Eu sempre quis fazer um blog só com poesias. Poesias minhas, poesias que gosto, mas sempre tive medo de que alguém roubasse meus singelos poemas e falasse que era dele/a.
Bem, mas agora criei coragem e fiz esse blog. Não tô nem aí se alguém pegar. Se pegar, é porque gostou, e isso é bom, né? Isso quer dizer que sou FODA! Brincadeiras à parte, hoje começo meu blog de poesias. Quem quiser comentar, comente. Quem não quiser, só leia. (mas se comentasse seria melhor, né?). Enfim, é isso. Começo com um poema que escrevi hoje, e ainda não tem título (uma coisa que, vocês vão reparar, acontece com a maioria das minhas poesias). Beijinhos pra todos.
Liv.

Em refúgios refinados me escondo
E em tentar fugir, eu erro
E faço exato aquilo que procuro não fazer
E em particular, sozinho eu peco

Ao relento, pestanejo a sua conta
E nos escombros do futuro eu me renego
Pois é ao ir contra o que acredito que me desfaço
Mas é exatamente nesse ponto que me apego

E como uma idéia fixa, não me retraio
Pra tentar escapar, eu me leso
Como se fosse adiantar na minha salvação
Mas ao contrário, é aí que me nego

E nas contradições, persisto
Sem entender o que se passa na minha mente
Os pensamentos são confusos e indecisos
Não seguem reta, nem curva, nem corrente

Aos pedaços de mim mesmo eu me guio
Apesar de percorrer o mesmo passo
Um círculo vicioso, um arrepio
Que não dá hora, nem me dá espaço

E me invade, de repente, de surpresa
Não avisa, não tem hora de chegar
E se eu luto contra essa correnteza
Ela é mais forte, não adianta nem brigar

Então a escuridão parece estar acesa
E não vejo mais nada na minha frente
Só a angústia, que às vezes é inventada
Mas não ajuda, nem mesmo é aparente

E eu escondo, me escondo novamente
Com medo de ver o que nem sempre está ali
Mas é real, eu sei, mas talvez eu não acredite
Eu queria, mas como posso fugir?
Ninguém pode fugir de si mesmo

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